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15 de novembro de 2010

Considerações finais

Ao consolidar este trabalho de conclusão de curso compreendo o quanto toda a trajetória foi importante para o meu crescimento pessoal e profissional, principalmente no que diz respeito a minha perspectiva como estudante e como educadora. O curso proporcionou no decorrer destes quatro anos um construção de conhecimento aliado a busca constante de (re)significações, de aprendizagens construídas através das interdisciplinas apoiadas em abordagens teóricas. Todo este trabalho me fez refletir e compreender de forma mais clara o cotidiano escolar e observar com mais atenção o contexto atual percebendo a educação como um meio de termos cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de agir com competência e responsabilidade.

Quero destacar a interdisciplina do Seminário Integrador pois foi aí que deu-se a articulação com as demais interdisciplinas, articulando as demais, que possibilitou o desenvolvimento da escrita com mais autonomia através dos registros, assim como a compreensão interdisciplinar que se deu com base nos trabalhos solicitados nos eixos, foi também esta interdisciplina que me fez crescer no momento em que precisávamos preparar nossa apresentação no fechamento de cada semestre.

Outro aspecto importante é em relação a adequação do uso das tecnologias, bem como, a reorganização do uso do tempo, pois a modalidade de ensino à distância trouxe perspectivas novas, modelos de aprendizagens mais autônomos que exigiram de nós alunos atitude e disciplina. Tudo isso aliada as minhas experiências anteriores contribuíram para formação de novos conceitos possibilitando-me reconhecer novos horizontes, vencendo desafios que nos deparamos diariamente, assim como ter um novo olhar no mundo em que estamos inseridos. Isso pôde ainda ser visto através das experiências, leituras, reflexões, estudos, participações em fóruns, e quando relembro todo este processo e também a riqueza cultural existente em cada professor, passo a acreditar que nossa educação pode melhorar muito, se cada um de nós colocarmos de em prática o que aprendeu.

Assim sendo, diante das inquietações sobre as dificuldades de aprendizagem em situações vivenciadas anteriormente, ainda que o estágio tenha sido meu primeiro contato com a educação infantil, surgiu a idéia inquietante de realizar o meu TCC objetivando uma pesquisa que pudesse refletir e aprofundar meus conhecimentos a respeito de como se dá o processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança.

Diante disso, após a formulação de várias perguntas chegou-se ao tema central: “O lúdico no desenvolvimento da aprendizagem da criança de quatro anos” que passou a ser o foco central do curso neste semestre, e um trabalho, que no meu ponto de vista implica em muita responsabilidade, pois é aqui que precisamos concentrar de forma eficaz e com qualidade toda esta aprendizagem. “A construção do conhecimento ou a produção do conhecimento implica o exercício da curiosidade [...] convoca a imaginação, a intuição, as emoções” (FREIRE, 1996, p. 87-88).

Fica a sensação do dever cumprido de ter vencido mais um etapa, de ter convivido com todos, fica a saudade, mas vem neste momento a noção da responsabilidade que assumimos. Agradeço a Deus, aos mestres, professores, tutores, colegas, a UFRGS e a todos que colaboraram durante esta caminhada, com a minha aprendizagem. O meu muito obrigada!

7 de novembro de 2010

Desafios, descobertas, inconclusões e aprendizagens

Revendo os Eixos 7, 8 e 9 enfatizando o semestre passado nas interdisciplinas de Seminário Integrador VIII e Estágio Supervisionado Docência 0 a 5 anos no momento em que estou escrevendo o TCC, percebo que este culmina com a escrita de toda essa caminhada do que foi aprendida.

Diante disso, o início de meu estágio foi marcado por uma falta muito grande de um Norte. O fato principal que causou esta perda deve-se a razão de que a escola não tinha nenhum tipo de projeto pedagógico ou documento que servisse de base para minha prática. Partindo deste ponto a arquitetura de minha prática formou definitivamente quando eu pude sentir que tipo de situação e que tipo de realidade eu estava vivenciando, e a partir daí adequar meus objetivos a realidade em que estava exposta.

Algo que me chamou atenção em toda essa conceituação do meio em que eu estava inserida, foi o fato de que o espaço escolar era tido por praticamente todos os envolvidos como um local para deixar as crianças para que os pais pudessem trabalhar. A vivência escolar como fonte de conhecimento e aprendizagem quando existia, ficava em segundo plano. Esse é sem dúvidas o ponto mais pertinente de todo o estágio, pois é através dele que posso perceber os maiores impactos e conseqüência que marcaram esta prática.

Podemos tomar como exemplo a primeira impressão ao chegar e ao conversar com a direção percebi a visão tradicional presente com a denominação ou identificação de creche, como um local ligado às características do tipo do cuidado oferecido à criança fora da família. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), a Educação Infantil

Na condição de primeira etapa da Educação Básica, na medida em que passa a ter uma formação específica no sistema educacional: a de iniciar a formação necessária a todas as pessoas para que possam exercer sua cidadania. Por sua vez, a definição da finalidade da Educação Infantil como sendo o “desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade e do poder público. (Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil - Volume 1, p. 32)

De modo geral, vários autores enfatizam, que todas as crianças podem aprender nesta faixa etária tendo um peso significativo para o seu desenvolvimento,

(...) as relações educativas do cuidar e educar são de fundamental importância, tendo em vista os direitos e necessidades próprios das crianças no que se refere à alimentação, à higiene, à proteção e ao acesso ao conhecimento sistematizado. (CAMPOS; FULLGRAF; WIGGENS, 2004).

Com esta perspectiva no planejamento didático pedagógico, considerando o desenvolvimento integral da criança com o tema “Eu e o meio em que vivo” para toda a comunidade escolar procurei estruturar os objetivos articulados aos subtemas e consequentemente aos conteúdos trabalhados como o município, identidade, família, escola, higiene, meio ambiente e alimentação, entre outros. Para desenvolver o planejamento concomitantemente com a rotina diária da escola, busquei promover a interdisciplinaridade, tendo como fio condutor atividades lúdicas através do movimento, música, artes visuais, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade, matemática, jogos e brincadeiras, de forma que os conteúdos não fossem trabalhados fragmentadamente, evidenciando a articulação e a relação entre as abordagens dos temas. Fiz uso de dinâmicas, músicas, trabalhos artísticos, manuais, pintura, como construção de brinquedos com sucata, pintura em caixas de MDF, a construção da maquete da sala de aula, álbuns, cartazes, máscaras, recortes, colagens, trabalhos com papel amassado, picado, massa de biscuit,...

Inovar e unir teoria a prática não é tarefa fácil, segundo Vygotski “É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria consciência”.

Procurei potencializar ações pedagógicas, para integrar o conhecimento com as ações práticas das crianças dando ênfase ao papel da criança como principal autor do seu conhecimento, abordando conteúdos próprios para esta faixa etária (4 anos), partindo dos conhecimentos prévios, pois como ser social a criança esta inserida em grupos do qual absorve valores e aprendizagens. Portanto é fundamental respeitar sua linguagem, sua expressão, suas vivências e experiências. Assim sendo, jogar, brincar, movimentar-se são ações indispensáveis no ato de aprender e ensinar nesta fase em que as crianças se encontram, através da vivência desenvolvem-se vínculos afetivos fundamental na educação da criança, é a base do desenvolvimento psicomotor, emocional, racional, cognitivo e afetivo.

Destaco ainda a importância de tornar a escola, a sala de aula um local de “encantamento” oportunizando a interação, onde todos pudessem sentir-se incluídos, amados, através do respeito, da socialização, da exploração da criatividade, da interação com o meio sobre os objetos de aprendizagem, despertando o interesse a iniciativa, a ação e gosto pelo aprender elementos importantes, possibilitando assim, aprendizagens significativas na construção do processo ensino aprendizagem.

Os jogos e brincadeiras sempre estiveram presentes e articulados a prática no decorrer das aulas, pois brincar faz parte do desenvolvimento integral da criança, respeitando seus direitos, buscando construir sua autonomia, sua identidade, numa perspectiva para o desenvolvimento e aprendizagem no contexto infantil, de forma acolhedora, prazerosa, onde a criança possa brincar, criar, recriar, descobrir..., sentindo-se estimulada e independente na construção de aprendizagens significativas.,” Um fato interessante foi quando num certo dia o aluno “M” comentou “a mãe não sabe que agora é escola que não é mais creche, que a gente estuda”.

A escola não dispunha de uma organização curricular conforme estabelece a legislação brasileira, não existiam planos de estudo ou trabalho. As poucas informações foram verbais. O tema para trabalhar durante a prática de estágio foi sugerido pela diretora, pois neste período letivo, a proposta de trabalho, para todas as turmas seria abordar o mesmo tema. Procurei desenvolver meu trabalho pautado no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, nos RCNEI, na LDB (Lei 9.394/96), nas reflexões das aulas, com embasamento teórico Piaget, Vygotsky, Freire, e outros.

Assim sendo, é importante o planejamento com embasamento teórico como parte integrante do processo, que nos remete a ação-reflexão-ação no dia-a-dia, permitindo também retomada das nossas atitudes e mudanças de concepções que se fazem necessárias, como profissionais da educação Não podemos ficar indiferentes, precisamos conhecer nossos alunos, o contexto em que se inserem, a dinâmica dos acontecimentos sócias e globais, do contrário fica difícil desenvolver um trabalho em que o aluno seja protagonista de sua própria história.

A criança é um ser ativo, que atribui significado ao mundo e a si mesma, chega a escola com certezas, hipóteses, ansiosa para por em prática seus conhecimentos, assim como em busca de novidades, com atitudes de disponibilidade, prontidão, tem necessidade de estar presente, vivenciar, interagir com o meio, contudo precisa vencer etapas e realizar sistematizações oportunas permitindo construir novos conhecimentos, pois o caminho não é linear, daí a importância do papel do professor como mediador possibilitando condições para que ela possa ampliar seus conhecimentos através da realização de aprendizagens significativas voltadas para a formação de indivíduos críticos, autônomos, independentes, solidários....

Toda essa movimentação diferenciada foi percebida pela comunidade escolar (pais, alunos, direção e funcionários), nas suas falas me convidando a continuar na escola, bem como, me procurando para que emprestasse materiais e dividisse estas experiências, foi gratificante porque daí pude ver a diferença na prática. Nunca havia trabalhado com Educação Infantil anteriormente, este foi um desafio e talvez tenha sido esta minha maior inovação no que se refere a minha prática pedagógica, concluindo com uma grande aprendizagem

Creio que a marca do estágio na escola foi, conseguir motivar, contagiar o meio mostrando que é possível planejar e desenvolver variados tipos de atividades dirigidas e livres sem se limitar ao uso da folha mimeografada, xerocada, enriquecendo o trabalho escolar, percebendo-se como escola de Educação Infantil.

De todo o convívio, de todos os sentimentos gerados no estágio, o ápice se refere a prática com as crianças, foi o fato de que elas mesmas perceberam que a “aula” estava diferente. Por parte dos colegas, além do convívio e colaboração que tiveram comigo, penso que o mais interessante tenha sido esta conscientização na mudança de postura perante seu papel como educador-mediador. Mas o mais inovador de tudo é saber que a direção da escola passou a se reunir com a intenção de formar a proposta pedagógica. Segundo Freire [...] "a práxis, porém é a ação e reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo” (1983, p.40). Portanto, não estamos no mundo simplesmente para nos adaptar a ele, mas a função da prática é agir sobre o mundo e transformá-lo. Apesar de todas as dificuldades vivenciadas como educadores, é necessário não se descuidar da missão de educar, "pois se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tão pouco a sociedade muda." (FREIRE)

1 de novembro de 2010

Revisando os Eixos VII, VIII e IX iniciarei pela interdisciplina Seminário Integrador VII, onde foram finalizados os PA’s iniciados no Eixo VI, paralelamente ao espaço para reflexão e registros das atividades e suas implicações na prática pedagógica.

O projeto desenvolvido pelo nosso grupo abordou o tema - Enchentes -, devido as enchentes estarem mais frequentes atualmente no município de Itati e nos municípios vizinhos.

Iniciamos o trabalho com uma pergunta ampla e, através das orientações da professora chegamos a pergunta central. Inicialmente surgiram muitas certezas e dúvidas, no decorrer do processo percorremos diversos caminhos para que pudéssemos contemplar os objetivos, as metas estabelecidas no projeto. Paralelamente foram sendo construídos novos conhecimentos em parceria com o grupo, assim como com todos os que contribuíram para que pudéssemos esclarecer/solucionar dúvidas acerca da complexidade do tema abordado.

Os conceitos expostos através do mapa conceitual foram de fundamental importância para compreensão dos fatos decorrentes das enchentes, o tema deste trabalho surgiu do interesse do grupo, desenvolvido com a colaboração e cooperação mediado pelo professor orientador, possibilitando ao grupo a construção da aprendizagem com autonomia, assim como transformando e aperfeiçoando novos conhecimentos.

A idéia é de que o aluno “precisa aprender a entregar-se com alegria a aventura de soltar a imaginação e a inteligência para criar e construir o novo, sempre disposto a reconstruir, na medida em que atende a relatividade do produzido” (Magdalena e Costa, 2003, p. 93).

Relacionando com o TCC, a questão norteadora deve ser clara e estar de acordo com as necessidades e interesses do aluno, é o ponto de partida do que se deseja pesquisar.

Só buscamos respostas quando temos uma pergunta, só procuramos alguma coisa quando sentimos necessidade e temos uma idéia acerca do que queremos encontrar. É a natureza da questão que levantamos que determina o que precisamos buscar, o que investigar. (Magdalema e Costa, 2003)

Diante disso, uma vez formulada a questão norteadora, partindo dos conhecimentos prévios fomos construindo novos conhecimentos ligados aos processos que contribuem no desenvolvimento de aprendizagens significativas, acerca de determinada área de acordo, é claro, com a proposta de pesquisa.

O objetivo final de toda essa caminhada somente agora torna-se mais visível, é como se tudo o que fizemos pudesse ser percebido e tivesse fundamento direto no estágio realizado no último semestre, bem como o Trabalho de Conclusão do Curso ( que ainda está em andamento), percebo agora a riqueza cultural proporcionada através do PEAD o quanto foi importante, para o meu crescimento. Nas palavras de (Freire, 1996, p.136) “ A experiência da abertura como um ser inacabado, da inquietação e curiosidade a procura de explicação, de respostas a múltiplas perguntas em permanente movimento no mundo,não sou apenas objeto da historia mas sou sujeito igualmente.

23 de outubro de 2010

Reflexão 9ª Semana

Revisitando o Eixo IV, na interdisciplina Seminário Integrador IV, onde fomos desafiados a elaborar perguntas sobre nossas curiosidades, nossos desejos de saber até então deixados de lado e então lincar esta atividade com o momento do curso, fez com tudo isso tornasse visível a relação com a construção do meu TCC, tendo como um dos seus objetivos “definir a questão” a ser trabalhada e consequentemente o aprofundamento de estudos acerca do tema proposto.
Destaco as aprendizagens que ocorreram também através das interdisciplinas do Seminário Integrador V e VI, que abordaram o processo da construção dos Projetos de Aprendizagem (PA’s). Para que pudéssemos realizar esta atividade, foram usados vários recursos como Pbworks, mapas conceituais, entrevistas, compartilhamento de informações e interações com os grupos durante o processo do desenvolvimento da pesquisa. Inicialmente, não foi tão fácil assimilar os aspectos que norteiam a construção de um PA, partindo da valorização da curiosidade do aluno, incentivando a pesquisa através de descobertas, possibilitando a construção coletiva do conhecimento de forma significativa de acordo com os interesses e desejos do aluno. Esta metodologia rompe com a prática tradicional de trabalho pedagógico em sala de aula, onde o professor determina os conteúdos, trabalhando como transmissor não possibilitando ao aluno participar ativamente da construção do seu conhecimento.
Na interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta através das leituras de Erikson em refrência as fases do desenvolvimento humano, Maturana no texto “As transformações na convivência”, assim como os trabalhos desenvolvidos foram todas de grande valia possibilitam refletir sobre nós mesmos e sobre o papel e a influência do professor na educação. “[...] quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (Freire, 1996, p. 25).
Destaco também a interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II, pois não poderia deixar de mencionar a contribuição, da grandiosidade e complexidade da teoria Piagetiana, possível de perceber na atividade (Re) construindo conceitos piagetianos através do mapa conceitual, a interligação e a complementaridade existentes entre os conceitos. Neste momento, em que estou escrevendo o TCC, fiz uso deste embasamento teórico.
Outra interdisciplina interessante pertencente aos Eixos IV, V e VI foi Escola Cultura e Sociedade – Abordagem sociocultural e antropológica, através das leituras sobre os pensadores clássicos como: Durkhein, Webber, Marx e Mészaros, entre outros, pude refletir a partir das leituras e atividades realizadas acerca da sociedade da educação e as mudanças que foram acontecendo no decorrer do tempo de acordo com a evolução da sociedade e, que por sua vez, a educação também foi se adequando as modificações sociais, pois esta sociedade é constituída culturalmente através de suas ideologias, crenças, interesses, valores...
É visível também que a educação vem reproduzindo desde muito tempo até nossos dias, o poder social dominante através do sistema vigente, dos interesses atrelados ao neoliberalismo. O que podemos perceber em nosso meio através dos resultados da qualidade da educação pública.
Vivemos num cenário onde existe um descaso em relação a educação e a valorização do profissional, especialmente na educação nas etapas iniciais da Educação Básica, como é o caso da Educação Infantil e do Ensino Fundamental onde está o alicerce da educação, é necessário que a educação posse ser um verdadeiro instrumento de transformação social e formadora de uma sociedade de indivíduos pensantes, críticos e conscientes de seus deveres, contribuindo assim, para a construção de uma sociedade mais humana, justa, fraterna, igualitária...tão almejada por todos. Segundo (Freire, 1996, p. 98)

Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo. [...] Intervenção que além do conhecimento dos conteúdos bem ou mal ensinados e/ou aprendidos implica tanto no esforço de reprodução de ideologia dominante quanto no seu desmascaramento.

18 de outubro de 2010

Reflexão 8° semana

No eixo IV trabalhamos as interdisciplinas Representação do Mundo pela Matemática, Estudos Sociais, Ciências Naturais, TICs e Seminário Integrador IV evidenciando os conceitos de espaço e tempo, a partir dos estudos e das atividades práticas realizadas com os alunos sobre estes conceitos, que por sua vez possibilitaram-me perceber e compreender que existem formas diferentes de representar os acontecimentos e fenômenos existentes em nosso cotidiano assim como a importância de refletir e aplicar estes conceitos agora, é claro, com outro olhar.

Outra evidência deu-se em relação a importância de trabalhar os conteúdos de forma interdisciplinar, enfatizado na interdisciplina de Seminário Integrador onde esta sempre esteve presente fazendo a mediação das atividades.

Destaco a preocupação com o ensino da matemática, na exploração de uma grande variedade de temas, que envolvem conceitos em relação ao espaço, números, medidas e formas geométricas...O trabalho com noções matemáticas, que deve atender as necessidades das próprias crianças, de construírem conhecimentos e participar de situações problemas que corresponde também as suas necessidades sociais para que aprendam o mundo ao seu redor.

Durante o estágio realizado na Educação Infantil, com crianças de quatro anos, e considerando as experiências e características desta faixa etária, observei que em relação aos conteúdos e a estruturação do espaço que as atividades lúdicas, os jogos, as brincadeiras, favorecem a participação ativa da criança de forma prazerosa. Isto vem confirmar a concepção de que é possível aprender matemática brincando, pois enquanto a criança manipula objetos, faz representações, descobre novas formas, ainda que, com a mediação do professor.

Também fiz uso de materiais de sucata no momento em que trabalhei o tema “Eu e o meio em que vivo – Meio Ambiente” onde abordei os aspectos referentes ao lixo e reaproveitamento, utilizando matérias recicláveis aproveitei para desenvolver noções sobre os sólidos geométricos, cores, formas, bem como foram construídos diversos brinquedos como: bonecas, bilboquê, carrinhos, bolas e jogo da memória. Quando trabalhei o tema alimentação fiz uso de embalagens com alimentos da cantina escolar explorando tamanho, peso, textura, forma, cores, letras. Outra atividade interessante que despertou curiosidade e interesse nos alunos foi a construção da maquete da sala de aula, utilizando sucatas. Nas aulas passeio que realizamos foi feita descrição e a representação, através de painéis, do caminho por onde passamos, das casas, incentivando a observação sobre a localização que estava sendo percorrida, reconhecendo nomes, casas de comércio, locais públicos e religiosos.

Logo, as atividades lúdicas permitem uma exploração mais profunda associada aos objetos, ao uso social e simbólico, como por exemplo, no faz de conta onde a criança transforma um pedaço de madeira em carrinho, um objeto qualquer em um avião.

Para Piaget (1988, p. 40) “o sujeito ativo é aquele que aprende basicamente através de suas ações sobre os objetos de mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento, ao mesmo tempo que organiza o mundo reforçando ainda a importância de respeitar cada fase do desenvolvimento, evitando queimar etapas”.

Essas vivências favorecem a elaboração do conhecimento significativo possibilitando a criança tomar decisões e agir como produtora do seu conhecimento, contribuindo para formação de cidadãos autônomos, capazes de pensar por conta própria, sabendo resolver problemas do seu cotidiano.

"Quando a aula está bem estruturada, quando os alunos realizam, individualmente ou em grupo em trabalho que lhes interessa, alcançamos a harmonia, quase ideal. Somente há desordem, quando o aluno não se sente devidamente integrado em uma atividade." (Freinet, 1979)

9 de outubro de 2010

Reflexão 7° semana

Revisando os Eixos 4, 5 e 6 previstos para o mês de outubro, iniciarei retomando as interdisciplinas, assim como refletindo sobre esta caminhada partindo dos conhecimentos, dúvidas, certezas, incertezas, curiosidades, ... antes do curso durante e no momento presente, associando,é claro, ao cotidiano e a prática pedagógica.

Logo, é notório que para haver uma prática eficiente deve haver uma boa sustentação teórica, um planejamento que permita conhecer o aluno em que etapa do desenvolvimento se encontra, o contexto em que este está inserido, suas reais necessidades, os conhecimentos que o aluno traz consigo, além de outros aspectos, para desenvolver um trabalho onde o aluno não seja apenas um receptor de informações, de conteúdos prontos acabados, mas que lhes seja proporcionado espaço para o questionamento, para a problematizarão a partir da contextualização passando a ser o protagonista na construção do seu conhecimento e consequentemente do seu legado histórico.

Tudo isso ficou mais evidente através dos estudos do Pead, somado aos meus objetivos como o de ampliar e aprofundar meus conhecimentos, sobre o fazer pedagógico, incorporando novos saberes, assim como, refletir e avaliar as minhas ações agregando novos conhecimentos, buscando alternativas para minha qualificação pessoal, acadêmica e profissional associados a experiência e neste momento a vivência com a prática de estágio desenvolvida na Educação Infantil junto ao TCC. Outro aspecto é, a formação permanente do profissional da educação, da sintonia e envolvimento que este deve estabelecer com seus pares e especialmente com os alunos, a necessidade de se levar em consideração conceitos essenciais, significativos para a vida deste aluno.

Certamente as interdisciplinas trabalhadas nestes Eixos nos remetem a refletir sobre a instituição escolar, como são construídas e desenvolvidas as propostas e práticas pedagógicas trabalhadas e suas contribuições na formação dos educandos e consequentemente na sociedade. Segundo Spodek e Brown (1996, p.15), “um modelo curricular e a representação ideal de premissas teóricas, políticas administrativas e componentes pedagógicos de um programa destinado a obter um determinado resultado educativo”. Atualmente e possível perceber que são usadas abordagens construtivistas na educação baseadas em teorias como as de Piaget, Vygotsky entre outros na qual a criança e o adolescente devem estar ativamente envolvidos nas aprendizagens e construir o conhecimento a partir da ação no mundo que os cercam.

Nesse sentido, o professor deve ser o mediador proporcionando condições, estar aberto às mudanças, a pesquisa, reflexão sobre a prática de maneira a introduzir naturalmente as inovações, sem, necessariamente “mudar tudo” em seu projeto. Preocupar-se também com o compromisso da proposta pedagógica, da relação professor-aluno, não esquecendo da escola no seu conjunto, pois é ali que estão as possibilidades de melhorar a prática em sala de aula. Desta forma, estes aspectos parecem ser essenciais para obter uma educação com mais qualidade, necessária na contemporaneidade e desejada pela sociedade em geral.

6 de outubro de 2010

Reflexão sobre as postagens do mês de setembro

Recapitulando as interdisciplinas do Eixo III, em paralelo com a minha formação enquanto educadora, considerando mais recentemente a prática de Estágio, e no momento a formulação deste TCC, pude perceber que as interdisciplinas de Música, Ludicidade, Teatro, Artes Visuais, estiveram ligadas as minhas ações durante o estágio, principalmente no que se refere as artes como expressão de idéias traduzidas em símbolos e entendidas de acordo com o conhecimento prévio dos alunos. Na interdisciplina de música pude observar o que os nossos alunos ouvem, cantam, assim como trabalhar as cantigas de roda que fazem parte da infância. Teatro e Educação juntamente com as demais me fez compreender a importância da expressão corporal,do uso do movimento, do querer envolver- se, participar espontaneamente das atividades e é claro Ludicidade e Educação que é talvez umas das interdisciplinas mais incentivadoras deste TCC, destaco a necessidade de fazer uso do “Lúdico” nesta faixa etária da Educação Infantil.

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou construção”(Freire,1997,p.52).

Segundo Freire pode-se perceber a importância práticas de ensino significativas, em que a criança encontre na escola um ambiente acolhedor, confiável, prazeroso de descobertas, de envolvimento, de encantamento. Mediar estes sentimentos é tarefa do educador, e este por sua vez também precisa estar presente por inteiro, se envolver. Muito importante é entender como se dá sob o enfoque da Psicologia o desenvolvimento e aprendizagem da criança, e isso, está sendo agora por mim melhor assimilado, nas interdisciplinas de Psicologia, compreender que Pedagogia e Psicologia, assim como outras ciências humanas, não podem se separar, estas tem grande contribuição para que possamos conhecer e compreender com mais propriedade o ser humano, suas relações com o meio em que esta incerido, outro aspecto importante que devemos considerar é a singularidade de cada um de cada ambiente escolar, bem como adequar a teoria a prática na visualização da realidade de acordo com sua época, atendendo as necessidades impostas pela sociedade. Os conceitos, as noções globalizadoras das interdisciplinas de Psicologia são de suma importância para a educação, que por sua vez se percebidas e introduzidas nas práticas pedagógicas desde a Educação Infantil, certamente farão uma diferença significativa no adulto do amanhã.

24 de setembro de 2010

Reflexão 5° semana

Pude perceber no período em que atuei como docente que apenas alguns alunos se destacavam dentro das turmas apresentando bons resultados como estudantes. Assim, queria compreender o que há no processo de ensino aprendizagem que faz com que o número vá se afunilando e poucos conseguem superação.

Isso contribuiu para que escolhesse a Educação Infantil para realiza minha prática de estágio. Segundo os estudos, as teorias construtivistas nos falam sobre como se dá a construção desta aprendizagem, através de ações, desde as etapas mais simples até as mais complexas, da sua relação com o mundo e como todo este envolvimento vai contribuindo na formação do conhecimento e da personalidade.

Partindo desta questão e lincando com a prática de estágio com crianças de quatro anos, pude perceber que as tarefas realizadas ludicamente facilitavam a imersão das crianças nas atividades com eles realizadas, essas trocas que ocorreram com brincadeiras, jogos, faz-de-conta, satisfazendo suas expectativas, conseguindo atingir um número maior de alunos no que diz respeito ao seu desenvolvimento cognitivo, psico-motor, social, afetivo. Segundo Benjamin (2002), uma pedrinha se transforma em caminhão, um graveto do chão pode ser uma espaçonave. Existem muitas possibilidades no mundo infantil, cabe aos educadores ter a sensibilidade permitir a exploração dos recursos disponíveis, que sejam úteis a construção da subjetividade, da invenção imaginativa da criança, pois esta possui curiosidades que a impulsiona a explorar o mundo a sua volta.

Segundo Piaget(1967) “O jogo não pode ser visto apenas como um divertimento físico, cognitivo, afetivo, social e moral”.

Diante disso, deu-se a escolha do tema do meu TCC, que tem como objetivo refletir a partir da fundamentação teórica (Piaget, Vygotsky, RCNEI, entre outros...), como a utilização da brincadeira,dos jogos e a interação da criança com o meio no processo pedagógico podem contribuir no desenvolvimento da criança e na construção do conhecimento.

19 de setembro de 2010

Reflexão 4° semana

Revendo os eixos I, II, III e refletindo sobre o PEAD (Modalidade à Distância ) pude perceber que talvez um dos maiores desafios em relação ao curso, foi a familiarização com a “não presença”; com a linguagem, procedimentos, instrumentos tecnológicos e a quantidade de informações tecnológicas, em fim, tudo isso trouxe a necessidade de adaptação, de ser mais ágil e de forma segura conseguir lidar com todas essas novidades.

Outro ponto relevante foi o a interdisciplina do Seminário Integrador no Eixo II em relação ao gerenciamento do uso do tempo, onde foi necessária uma reorganização para poder me dedicar aos estudos, levando a uma mudança na prática cotidiana nos diversos papéis assumidos até então.

A construção do memorial foi outro tópico marcante no que se refere a construção da nossa identidade. Refletir sobre a importância do auto-conhecimento, pois como educadores influenciamos e somos influenciados em relação ao meio do qual fizemos parte, daí a necessidade de se ter clareza do nosso papel na formação do aluno.

Esta etapa do curso através da reflexão das leituras, de estudos, trabalhos, dos fóruns compartilhado com professores, tutores, colegas, veio somar e ajudar a sanar dúvidas relativas a minha prática como docente. Agora, retomando percebo, quantas inovações, possibilidades, informações, ruptura de velhos paradigmas voltadas as questões da educação, nos foram proporcionadas durante esta caminhada do PEAD.

12 de setembro de 2010

Reflexões terceira semana

É notável a necessidade que observamos no cotidiano da Educação especialmente na Educação Infantil de inserir o lúdico nas práticas educacionais, previsto também nos Parâmetros Curriculares Nacionais, a prática do lúdico no cotidiano escolar talvez seja uma boa maneira de despertar desde os primeiros anos escolares o prazer pelo aprendizado, tão disputado por outras atrações (como TV, computador, jogos, outros) nos dias de hoje.

A infância é um período importante na vida de todos, é a idade das brincadeiras descobertas, daí a necessidade de utilizarmos este momento e buscar o foco na educação e formação deste aluno de forma eficaz e prazerosa.

Ao iniciar a minha pesquisa para a fundamentação teórica, comecei buscando num primeiro momento caracterizar a criança em idade escolar de 4 anos, a qual realizei meu estágio, conforme o tema do TCC, encontrando nas interdisciplinas de Ludicidade e Educação, bem como Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque de Psicologia II, visto que ambas estão sendo suporte para a base teórica.

Outro ponto importante nesta fase de pesquisa é a releitura de Piaget a respeito dos estágios de desenvolvimento. Com ênfase na fase de 4 anos, ou seja, pré-operacional, onde se dá o início da linguagem da função simbólica e do pensamento ou representação. Desta forma as crianças engajam-se em brincadeiras de acordo com seu estágio de desenvolvimento cognitivo.

Pensando na prática de estágio é importante que o educador tenha esta percepção, esta sensibilidade para saber usufruir desta etapa utilizando práticas adequadas e como já disse eficaz.

4 de setembro de 2010

Reflexões segunda semana

Revisando as primeiras aprendizagens deste curso, percebo o quanto cada abordagem foi importante.

Revendo os materiais, os textos, fóruns e outros trabalhos disponibilizados nas interdisciplinas, com foco nos eixos 1 -2 e 3 (solicitados para postagem em setembro). Pude perceber muitos aspectos relevantes que poderão me ajudar na construção do TCC.

Na interdisciplina do seminário integrador II, por exemplo, onde naquele momento fomos questionados através do Inventário de Aprendizagens a respeito de nossas crenças, certezas e idéias anteriores ao curso e também sobre o que é ser um bom professor, bem como as possíveis ocorridas e que influenciaram em nossas realidades.

Estas influências, hoje percebidas de forma mais concreta, se deram em vários níveis desde o ajuste de tempo na vida pessoal, passando por novos relacionamentos, novas amizades até mesmo influenciando na mudança de conceitos antes enraizadas.

A leitura dos textos foi de grande contribuição para toda esta caminhada. No texto de Marilene Chauí “Janela da Alma espelho do mundo”, por exemplo pude compreender melhor que é da maneira que olhamos as coisas que passamos a interpreta-la, a entende-las, tornando-as, de acordo com nossa visão e realidade, mais ou menos importantes, que este olhar está ligado ao nosso subjetivo, ao mesmo tempo a nossos sentimentos e sentidos.

Dentro desta perspectiva destaco ainda a importância do olhar com mais de um ponto de vista, não apenas vendo a razão, mas ao mesmo tempo observar o sonho, a fantasia, a realidade singular de cada um.

Destaco ainda a interdisciplina de desenvolvimento e aprendizagem sob o enfoque da Psicologia I, na qual podemos através das leituras realizar a auto-avaliação de nossas práticas, buscar respostas que surjam através do desafios em nosso cotidiano.

“Para enfrentar este desafio, o professor deveria responder, antes, a seguinte questão: que cidadão ele quer que seu aluno seja?” Fernando Becker

Nesta colocação de Becker talvez esteja uma de minhas indagações mais pertinentes que vem ao encontro de meu questionamento no TCC: “O lúdico e as interações na aprendizagem da criança de 4 anos”, como toda a experiência e brincadeiras vividas pela criança vão fazer diferença, vão influenciar no seu processo de construção do conhecimento, por que aprender brincando é uma experiência marcante? Mais fácil, talvez?

Foi também com a leitura do texto “Escrever é preciso: o princípio da pesquisa“ que este tema ficou ainda mais focado, pois percebi nesta leitura que devemos escrever movidos pelo desejo, levando em consideração também nossas experiências anteriores. Considerando é claro, para tal a prática do estágio do semestre anterior com a Educação Infantil, mais precisamente com crianças de 4 anos.

Com base teórica, relacionada a prática e a estudos mais objetivados penso que terei a possibilidade de contribuir no meu TCC, ilustrando, apontando e reunindo estes conhecimentos de como se dá este processo na aprendizagem da criança não esquecendo aqui a reflexão, a pesquisa como fonte de conhecimento. Não poderia é claro deixar de citar o paralelo a legislação vigente e os RCNEI que poderão ser de grande valia.

Penso que agora o momento é crucial, de organização entre dúvidas e idéias, entre certezas e novos questionamentos em síntese um desafio, que pretendo superar (ao desafio e aos meus anseios) de forma a contribuir com a educação de crianças que em minha opinião pode fazer a diferença entre gostar ou não da escola.

“Para conhecer um objeto é necessário agir sobre ele”
Jean Piaget

25 de agosto de 2010

Considerações sobre o início do TCC

Neste momento desta caminhada no PEAD, mais um semestre se inicia, este com suas características peculiares, com normas específicas na Interdisciplina EDUAD 050 – Trabalho de Conclusão de Curso caráter obrigatório. Assim como foram os demais semestres, sempre nos deparamos com novos desafios, estudos, ação-reflexão, ansiedades, medos...

Durante a aula presencial no dia 23-08 a professora Eliana abordou a estrutura, a proposta de trabalho da interdisciplina Seminário Integrador Eixo IX, sendo que esta tem como objetivo subsidiar o TCC.

O objetivo principal do Seminário Integrador, esta em visitar as interdisciplinas cursadas durante todo percurso deste curso e encontrar autores, bibliografias relacionadas ao TCC. Penso ser esta prática pertinente devido a riqueza da revisão do material.

No semestre passado fiz diversas buscas nas interdisciplinas, procurando teorias que pudessem me auxiliar durante o estágio, bem como na construção do relatório. O mesmo foi feito nesses últimos dias com as interdisciplinas de Ludicidade, Psicologia, Didática, Planejamento e Avaliação...Buscando subsídios para que pudesse fazer um esboço sobre o foco principal e objetivos que nortearam meu trabalho neste semestre.

Contudo, ficou definido que nos encontraremos com a orientadora do TCC no dia 30-08 para fazer as mediações necessárias, para desenvolver o trabalho.

Diante disso, creio que este será mais um momento de grande importância para minha formação profissional nesta trajetória acadêmica, proporcionando a (re)construção do conhecimento, (re)significação de aprendizagens adquiridas durante o curso relacionadas as vivências anteriores, contribuindo assim para refletir e identificar possibilidades de melhorias e desafios também na minha vida pessoal.

20 de junho de 2010

Reflexão final da prática de estágio

Nesta semana conclui a Prática de Estágio, que iniciou em 12/04/10, até a presente data, perfazendo um total de 180 horas, conforme orientações da supervisão, atendendo as normas legais.

Sugerido pela direção e professoras titulares do Jardim I e II, para que fizéssemos uma confraternização, a colega Anna e eu, com as duas turmas juntamente com o corpo docente, pois não temos vínculo empregatício com a escola, apenas foi nos concedido o espaço para realizarmos este estágio.

Então, a colega Anna e eu, pensamos numa atividade que fosse interessante e através dela pudessem rever as atividades que foram desenvolvidas durante a prática, possibilitando que as crianças se reconhecessem através dos registros fotográficos como co-autores neste processo de aprendizagens significativas, vale lembrar aqui, que sempre que fazíamos as fotos eles tinham muita curiosidade em vê-las.

Com o uso do equipamento data show, fizemos a apresentação de todos os trabalhos realizados e registrados através da fotografia, disponibilizando as imagens servindo como reflexão e análise sobre esta caminhada.

Este momento foi o auge do encantamento, da alegria, da satisfação, os olhinhos nem piscavam, as crianças estiveram atentas o tempo todo procurando se reconhecer, associando a atividade que estavam desenvolvendo, logo lembravam e comentavam “o bolo de aniversário”, “o pefeito” (modo como se referem a pessoa do prefeito municipal), “olha eu aí”, “eu não apareço?”, “onde eu tô?”, “a gente na pacinha” (playground onde foi feito o passeio), “o banho da boneca,....”, “olha, juntando o lixo”... A diretora juntamente com as professoras também assistiram. Ao finalizar a apresentação, a colega Anna e eu fizemos nossos agradecimentos à direção da escola, por ter nos acolhido possibilitando assim, o desenvolvimento desta prática de estágio e aos nossos queridos e amados alunos que foram parceiros, a peça fundamental nesta etapa de nossas vidas, nesta caminhada, sempre disponíveis, participativos, alegres, felizes, realizando com prazer as atividades que nos propúnhamos a realizar.

Neste momento não foi possível conter a emoção, o choro. A diretora se pronunciou dizendo, que muitas outras estagiárias passaram pela escola, mas que nós havíamos feito a diferença, conseguimos contagiar a escola, e os demais professores que ali trabalham através da prática pedagógica, das nossas ações, com certeza deixamos marcas que servirão para enriquecer o desenvolvimento do trabalho pedagógico da escola. Estávamos conversando com os alunos desde a semana passada que estaríamos encerrando nossos trabalhos, com o objetivo de prepará-los para este momento, para que não ficassem chocados, tendo todo respeito e cuidado com estas crianças.

É nítido o conceito de que aprendemos sempre, em qualquer tempo, em qualquer lugar, aprendemos também a lidar com os erros e que estes também fazem parte das aprendizagens. Este processo ensino-aprendizagem, vai acontecendo ao longo da vida, compondo a formação social, cultural do indivíduo. Nós educadores também somos seres em construção, com razão, emoção, inseridos num contexto histórico, social, político, que influenciam em nossa formação pessoal, profissional, acadêmica, refletindo em nossas atitudes em nossa prática, possibilitando a construção e reconstrução dos saberes, a partir desta prática, pois conforme Vygotisky (p.164) somos espelho do ambiente social e cultural o qual fazemos parte.

Durante a prática de estágio procurei atuar como mediadora, problematizando, procurando trabalhar de forma interdisciplinar sem dar respostas auxiliando os alunos na construção dos seus conhecimentos, abrindo espaço para que fossem protagonistas nas suas aprendizagens, através do diálogo, da socialização dos saberes, da cooperação, da participação, da exploração adequada em diferentes fontes e recursos, partindo dos seus conhecimentos prévios. Assim como, pude aprender com este novo ambiente, com modalidade de ensino –Educação Infantil, e também construir novas amizades, até então por mim desconhecidas.

Este espaço foi muito importante para refletir a minha ação de estudante e os conhecimentos adquiridos através do PEAD.

Precisei buscar recursos no ambiente virtual, nas bibliografias, procurar orientações com colegas, professores, especialistas, procurando redimensionar minha prática pedagógica, através do trabalho e do planejamento da minha ação.

Também os momentos difíceis desta caminhada em alguns me senti só, desiludida, perdida, com informações diversas nem sei se equivocadas ou não, com vontade de desistir, porém meus familiares, a tutora Graciela, demais colegas e professores me estimularam com palavras de incentivo, dizendo que conheciam meu trabalho, que eu seria capaz, de vencer mais esta etapa no percurso do PEAD. Portanto, estas dificuldades iniciais se tornaram o resultado mais gratificante.

Segundo Paulo Freire (2000), “O amor, a fé, a humildade e a esperança que nos levam a produzir uma prática interativa dialógica, não meramente transmissão de conteúdos e organização de atividades centradas no ensino; uma prática escolar voltada apoiada em relações democráticas e não autoritárias e preconceituosas. [...], pois ensinar exige a convicção de que a mudança é possível”.

A dificuldade, tornou-se em aprendizagem e a dedicação nos frutos de um trabalho gratificante e, que sem dúvida vai deixar saudade. Penso que alcancei meus objetivos e os do curso também e posso resumir isso no fato concreto dos resultados obtidos junto as crianças, no meu crescimento pessoal, acadêmico e como educadora deste processo.

Reflexão 10° semana

Refletindo sobre o Planejamento Didático Pedagógico, cujo tema “Eu e o meio em que vivo”, com base na rotina diária da escola, da sala de aula, procurei desenvolver a prática pedagógica envolvendo atividades próprias para esta faixa etária (quatro anos), oportunizando o reconhecimento de si mesmo, da família, da comunidade, dando ênfase a identidade, ao grupo familiar, as datas comemorativas, a higiene corporal, ao meio ambiente e alimentação.

As atividades proposta oportunizaram as crianças a fazerem relações com situações vivenciadas no seu cotidiano, articuladas as atividades pedagógicas nas diferentes áreas do conhecimento, e assim, poder conhecer um pouco mais sobre o ambiente em que estão inseridos.

Para por em prática esta proposta foi necessário considerar o conhecimento prévio dos alunos sobre os conteúdos, suas especificidades afetivas, cognitivas, emocionais, sociais , envolvidas nas atividades propostas, com o propósito de desencadear nas crianças um processo possibilitando construir aprendizagem significativas, através de estímulos, jogos, de brincadeiras para que conseguissem atingir o desenvolvimento integral da criança nesta faixa etária conforme a legislação brasileira prevê, e assim, vivenciar o que estavam aprendendo. Para Piaget o conhecimento é construído a partir das interações com o mundo. Esse processo é dinâmico e dialético, estamos sempre reformulando nosso conhecimento e interagindo com o mundo.

Portanto, para que as crianças fossem se apropriando de novos saberes aprendizagens significativas, foi necessário fazer uso do planejamento didático pedagógico, que apresentei com uma visão geral paralelamente aos planos de aula, onde a prática de estágio foi efetivamente se desenvolvendo e consequentemente consolidndo-se.

Reflexão 10° Semana

Dentre os acontecimentos desta semana, descato a aula do dia 18-06 marcada pela visita da supervisora professora Hilda Jaqueline, penso que a orientação, o acompanhamento, o conhecimento da realidade onde se desenvolve a ação curricular entre a teoria e a prática, entre a universidade e a escola é de fundamental importância, sendo possível conhecer a escola, os alunos e verificar a operacionalização da prática de estágio.

“O exercício da profissão docente requer uma sólida formação, não apenas nos conteúdos científicos próprios da disciplina, como também nos aspectos correspondentes a sua didática, ao encaminhamento das diversas variáveis que caracterizam a docência, sua preparação e constante atualização”. (RAMALHO, 2006) Diante disso, esta prática possibilitou mais uma oportunidade de reflexão sobre o papel do professor, a realidade escolar, a universidade, a formação acadêmica, pessoal, profissional e os novos conhecimentos entre outros.

13 de junho de 2010

Reflexão 9° semana

“...A capacidade das crianças terem confiança em si próprias e o fato de sentirem-se aceitas,ouvidas e amadas oferecem segurança para a formação a formação pessoal e social. A possibilidade de desde cedo efetuarem escolhas e assumirem pequenas responsabilidades favorece o desenvolvimento da auto-estima, essencial para que as crianças se sintam confiantes e felizes” (RCNEI, volume 2). Então, com base no planejamento desta semana, procurei durante as aulas motivar as crianças, através das atividades desenvolvidas, considerando seus interesses, interação, envolvimento, participação... (construção de uma árvore, reprodução da história do Sanduíche da Maricota da galinha realizando na prática entre outras). Partindo dos seus conhecimentos prévios sobre o tema em estudo, com atividades lúdicas e prazerosas oportunizando as crianças a mostrarem suas criatividades, desenvolvendo a linguagem, socialização, a imaginação, construindo novas aprendizagens significativas, pois enquanto brinca a criança aprende.
Segundo Piaget “Quando brinca, a criança assimila o mundo a sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui”.

6 de junho de 2010

Reflexão 8° semana

Diariamente a mídia expõe problemas ambientais, causados pelo homem, destruindo a natureza. Compreender a importância da preservação do meio ambiente e despertar a consciência ambiental através da coleta seletiva, separação adequada e reciclagem são ações, que visão preservar o meio ambiente.

Segundo (MEC/SEF, 1998, p.166, v.3), “O trabalho com os conhecimentos derivados das ciências deve ser voltado para a ampliação de experiências das crianças e para a construção de conhecimentos diversificados sobre o meio social e natural”.

Nesse sentido, refere-se a pluralidade de fenômenos e acontecimentos físicos, biológicos, geográficos, históricos e culturais. Ao conhecimento da diversidade de explicação de representar o mundo, do contato com as explicações cientificas e a possibilidade de conhecer e construir novas formas de pensar sobre os eventos que os cercam”. O mesmo texto ainda destaca “... a importância de colocar as crianças em contato com diferentes elementos, fenômenos e acontecimentos do mundo e que, ao fazer isto, elas sejam instigadas por questões significativas para observá-las e tenham acesso de modos variados a compreendê-los e representa-los”. (MEC/SEF, 1898, p.166, v.3)

Diante disso, nesta semana propus o tema Eu e o Meio – Meio Ambiente, considerando além do tema, a comemoração do dia do MEIO AMBIENTE 05/06. Iniciamos a primeira aula partindo duma conversa informal questionando sobre o Meio Ambiente, para sabermos sobre os conhecimentos prévios e atitudes dos alunos a respeito do assunto. Listaram diversos elementos que fazem parte da “Natureza”, como: animais, água, terra, casas, pessoas, alimentos, árvores... Na terça-feira, retomamos o assunto, onde abordaram os amigos da natureza e os inimigos, registram através de desenhos, após fizemos uma saída de campo, na quadra da escola observando e coletando os lixos nas ruas e locais públicos, posteriormente foi entregue ao caminhão que faz a coleta. Na quarta-feira, o reconhecimento através dos símbolos e cores da importância de utilizar corretamente as lixeiras públicas, assim como da coleta seletiva dos resíduos recicláveis. Finalizamos a semana com a construção de brinquedos usando materiais recicláveis.
Segundo WINNICOTT (1982) como ABERASTURY (1992), “identificam o brinquedo como a melhor forma de expressão da criança”.

A cada semana que passa, é notável o envolvimento, interesse e participação das crianças em tudo o que fazem. Conversamos sobre o que aprenderam sobre o Meio Ambiente, logo comentaram “sobre o lixo, a separação do mesmo, as cores e símbolos das lixeiras e o que devemos colocar em cada uma delas.O cuidado com a água e a natureza, por que senão não teremos mais comida para comer”.

Logo, acredito ter sido uma semana de trabalhos, onde alguns registros ficaram nas suas memórias e poderão contribuir, para que possam no dia-a-dia, se formarem cidadãos conscientes para um mundo mais sustentável.

Conforme PIAGET “O conhecimento não está no sujeito e nem no somatório dos dois visto que entre eles existe a ação e esta é que permitirá ao sujeito construir seu conhecimento. O sujeito não é passivo nem pré-formado, mas interage com o meio e nesta interação constrói o conhecimento através de descobertas e investigações”.

30 de maio de 2010

Reflexão 7° Semana

O planejamento desta semana abordou o tema ‘’Eu e o meio – Saúde e higiene’ com ênfase no corpo.

Para desenvolver o planejamento foi necessário praticar atividades lúdicas, envolvendo a linguagem oral, corporal, jogos, brincadeiras, assim como, o uso de diferentes recursos para o desenvolvimento intelectual, (levando em consideração os fatores emocionais e afetivos), físico (expressando a coordenação motora e visual), perceptual e social.

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, é necessário que haja uma intencionalidade educativa e isto quer dizer: planejar prever etapas para alcançar objetivos definidos e extrair das alternativas as atividades que lhe forem decorrentes. Ou seja, tanto o jogo quanto a matemática nesta fase de Educação Infantil, deve percorrer caminhos em conjunto, principalmente se levarmos em consideração de que a criança nesta faixa etária pode construir conhecimentos sobre qual quer área num contexto que lhe seja favorável, vivenciando situações, refletindo sobre elas, levantando hipóteses, estabelecendo conclusões e comunicando-as, dividindo com o outro o seu pensar. É interessante assim, salientar que as crianças nesta faixa etária conforme PIAGET & INHELDER p. 14-5, referindo-se habilidade de comunicar-se e do uso da linguagem “Em todos os níveis, a linguagem ambiente é assimilada sistematicamente às estruturas do sujeito e, se aquela contribui para modificar estas, nem por isso lhes esta menos subordinado, inicialmente, no tocante á sua interpretação [...]”.

Diante disso, a evidencia deu-se na interação das crianças durante o processo do desenvolvimento e execução das aulas, a cada dia que passa participam espontaneamente, demonstrando gosto e satisfação pelo que fazem. Comunicam-se utilizando a linguagem não fugindo das características desta faixa etária, mas agora com mais desinibição, articulação notado-se a comunicação prazerosa e instrumento para a construção de novos conhecimentos.

23 de maio de 2010

Reflexão 6° semana

“A prática da avaliação da aprendizagem, para manifestar-se como tal, deve apontar para a busca do melhor de todos os educandos, por isso é diagnóstica, e não voltada para a seleção de uns poucos como se comportam os exames. Por si, a avaliação, como dissemos, é inclusiva e, por isso mesmo democrática e amorosa. Por ela, onde quer que se passe, não há exclusão, mas sim diagnóstico de construção. Não há submissão, mas sim liberdade. Não há medo, mas sim espontaneidade e busca. Não há chegada definitiva, mas sim travessia permanente, em busca do melhor. Sempre!”. (Cipriano Luckesi. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?, Revista Pátio, ano3, n.°12, p.11, 2000)

A evidência desta semana deu-se na visita da Tutora do Estágio Graciela, e nas informações equivocadas recebidas.

Em relação a visita da supervisão, acredito ser este um momento muito importante, chegar até a escola, conhecer presencialmente como é o contexto escolar e a prática em si. Esta prática de estágio vem sendo um desafio.

Fui ouvida, pude expor o trabalho que desenvolvo, as produções realizadas com os alunos, esclarecer dúvidas e questões pertinentes ao assunto.

Os alunos se sentiram um pouco tímidos, atitude normal, interagiram normalmente. Também houve um momento de dialogo com a professora Débora Goldani que é a titular da turma.

Conforme Paulo Freire “Sem o diálogo não há comunicação e sem esta não há a verdadeira educação”.

Obrigada professora Graciela pelo estímulo, por me ouvir, me motivar, nesta caminhada.

16 de maio de 2010

Reflexão 5° semana

O planejamento desta semana, além das atividades de rotina, brincadeiras direcionadas, livres, músicas...evidenciou a exploração do ambiente escolar e a sala de aula. Partindo do pressuposto que cada vez mais cedo as crianças são deixadas pelas famílias, independente do tipo de organização familiar da sociedade e principalmente em relação ao trabalho e ao espaço que a mulher vem ocupando na sociedade, as crianças são colocadas em escolas de educação infantil desde seus primeiros meses de vida. Alguns permanecem meio turno, outros, turno integral, portanto, creio que é de suma importância realizar um planejamento que conforme Freinet “atenda as necessidades vitais do ser humano, sempre considerando a criança o centro de sua própria educação”.

Diante disto, penso que a escola de educação infantil representa compromisso, responsabilidade, respeito ao conhecimento do outro, devendo estar atento aos interesses e necessidades das crianças, desenvolvendo atitudes que trabalhem a história de cada um, que eles se percebam cada vez mais integrantes do ambiente escolar, pois a escola faz parte de sua história pessoal e coletiva. Permanecem, as vezes, muito mais tempo sob cuidados dos trabalhadores da escola do que com sua própria família, daí a importância de se ter objetivos claros baseados em valores, ética, solidariedade, respeito as pessoas..., devido a convivência dessas crianças com os adultos, sendo que estes influenciam na sua formação.

A escola deve oportunizar a criança que ela sinta-se motivada, interessada, seja co-autora da construção de suas aprendizagens de forma autônoma e cooperativa.

8 de maio de 2010

Reflexão quarta semana

Durante esta semana através das atividades desenvolvidas com os alunos cujo o tema proposta foi a família dando ênfase a mãe, com base na data comemorativa “Dia das Mães”, foram realizadas diversas atividades sendo necessário a busca de informações, fotografias, roupas, entre outras junto aos familiares para que pudéssemos desenvolver nossos trabalhos.

Diante do envolvimento dos pais, da escuta dos alunos estou observando o processo de aprendizagem destes, sua atenção, interesse, o respeito coletivo, a participação, interpretação, compreensão e as produções artísticas, desta faixa etária (quatro anos) em relação aos estágios cognitivos que aparece a função semiótica, o egocentrismo e características do pensamento simbólico. Desta forma, buscando evidenciar o progresso do educando na construção e reconstrução de seus conhecimentos, procurando identificar suas dificuldades (detalhes destes registros estão no meu pbworks) e (re)orientando para que o processo de aprendizagem possa efetuar-se considerando que este não é linear e nem idêntico entre as crianças.
Gostaria de ressaltar as palavras do educador Paulo Freire “antes de ensinar a ler as palavras era preciso ensina-los a ler o mundo”. Diante do exposto estou conhecendo a cada dia um pouco mais quem são os alunos que estou trabalhando, suas origens e identidade cultural, e ao mesmo tempo me auto avaliando e reconduzindo novos caminhos estimulando o aluno a expressar o que aprendeu diante do que já sabia.

2 de maio de 2010

Aos poucos estou conhecendo melhor quem são os alunos, suas características, a atenção e cuidados que devo ter ao planejar minhas aulas nesta etapa fundamental da Educação Básica – Educação Infantil.
Nesta fase de desenvolvimento em que os alunos se encontram (04 e 05 anos) faz-se necessário não vê-los apenas como habitualmente a escola fazia, focada em assistencialismo, mas é preciso considerar a diversidade cultural, social, as necessidades afetivas, cognitivas destas crianças.
É notório que se encontram na fase do egocentrismo, algumas não conseguem, durante as brincadeiras, dividir seus brinquedos com os colegas, resultando em choro e reclamações, dentre outras situações corriqueiras apresentadas no dia a dia.
Quanto a representação nos desenhos, de si mesmos ou de seus familiares, os fazem desenhando um circulo, correspondente a cabeça e linhas verticais indicando as pernas e os braços esticados horizontalmente. Alguns apresentam dificuldades, dizendo que não conseguem fazer esta representação.
Então, diante do que estou planejando, semanalmente, e pondo em pratica no meu dia a dia, estou fazendo o possível para dar o melhor e, assim, proporcionar aos alunos a possibilidade de observar, explorar o ambiente em que vivem utilizando-se de suas curiosidades de modo a perceberem-se como seres integrantes munidos de confiança diante de suas capacidades e limitações. Para esta faixa etária, percebo que a forma mais adequada de proporcionar isso aos alunos é através da expressão corporal, musical, oral e seus, ainda, poucos registros de escrita

25 de abril de 2010

2° semana: De Estágio

O tempo passa e junto com este estão sendo construídas novas aprendizagens, outras (re) significadas, assim também. Digo isto, pois a experiência com a Educação Infantil-Jardim I não tem sido vivenciada enquanto atuei como docente, contudo estou procurando desenvolver minha prática, pesquisando, buscando informações e trabalhos realizados durante o PEAD.
Durante esta semana trabalhei os órgãos dos sentidos e o corpo humano.
Procurei atuar sem dar respostas prontas, material xerocado e sim fazer com que cada um fosse construindo seus trabalhos a partir dos conhecimentos prévios.
Então, construímos: o traçado do corpo explorando os órgãos do sentido, painel com estatura dos alunos, identificação através das características pessoais e a foto de cada aluno, entre outras atividades que envolveram a expressão corporal, lateralidade, motricidade ampla e fina, o lúdico,danças, etc.
Planejei de forma que a execução do planejamento envolvesse ativamente todos alunos com autonomia, criticidade e criatividade.
Destaco ainda, outro aspecto a cerca da avaliação dos alunos da semana, este foi um espaço de análise para me auto avaliar e analisar o todo.
A partir dos relatos dos alunos penso que o processo de ensino aprendizagem ocorre a cada momento onde quer que estejamos.

19 de abril de 2010

Reflexão

Esta primeira semana de trabalho foi experiências e vivencias desafiadoras para mim.

Estou procurando me adaptar a esta modalidade de ensino, Educação Infantil, pois enquanto atuei como docente o fiz no Ensino Fundamental Séries Finais. Iniciei esta prática de estágio com o objetivo de vivenciar no dia a dia a prática da relação “teoria X prática”. O trabalho que estou desenvolvendo é com crianças na faixa de 4 a 5 anos.

Registros do trabalho que está sendo desenvolvidos encontram-se no meu wiki.

11 de abril de 2010

Reflexão/Ação

Nesta semana houve um encontro presencial (05/04/10), onde foi nos apresentada a professora Hilda Jaqueline como Supervisora e Alda Graciela tutora do grupo de estágio o qual faço parte.
Foi um momento de apresentação pessoal, do esboço da “proposta arquitetada”, pelos integrantes do grupo. A evidência deu-se nos questionamentos, dúvidas, incertezas, medos, apresentadas pelos alunos.
Durante a semana, retomei diversos materiais, produções, conteúdos..., abordados nas interdisciplinas do curso para colocar no papel o trabalho que irei desenvolver nesta
prática. Estou um tanto angustiada e apreensiva, por me deparar com uma realidade por mim não conhecida.
Creio que com muita dedicação, trabalho e esforço, como venho fazendo durante esta caminhada no PEAD, este período será mais uma peça, na troca de saberes e construção de novas aprendizagens.

5 de abril de 2010

Informações/Observações/Estágio

Durante esta semana de 29/03 a 01/04/10, Estive na Escola Municipal de Educação Infantil Menino Jesus de Praga, com o objetivo e buscar as informações necessárias p/ realizar a atividade II, solicitada na Interdisciplina de Seminário Integrador VIII.

No dia 29/03, conversei com a professora titular, que se encontrava na Escola, pois a mesma está em férias, retornando na próxima semana. Conversamos sobre a rotina da turma, os espaços de recreação usados além do espaço físico da escola, a sexta-feira, dia em que os alunos trazem seus brinquedos de casa, se organizam por afinidades, sob os cuidados das professoras. Abordamos o tema - Eu e o meio em que vivo - a ser trabalhado durante o estágio. Detalhes sobre a escola, turma e outros, estão registrados no meu Wiki.

Após vários dias chovendo, dificultando as brincadeiras no espaço ao ar livre, o sol voltou a brilhar, na quarta-feira, os alunos puderam passear e brincar na praça municipal, estavam felizes. Outro motivo para tanta emoção ao retornar a escola, o encontro com o “Coelhinho”. Que maravilha, esta fase encantada da vida.

Então, refletindo sobre PEAD, o estágio, posso afirmar que muitos foram e continuam sendo os desafios, as superações, ..., com certeza este será mais um. Estou procurando dar o melhor que posso, nesta difícil, porém bela arte de aprender e ensinar.

28 de março de 2010

Desafios X Estágio

Ao iniciar mais uma etapa, agora direcionada ao final deste percurso, no qual diversos e diferentes momentos de aprendizagem foram sendo revistas, assim como a construção de novos conhecimentos, juntamente com seus respectivos desafios.

Logo, não poderia deixar de citar as mudanças ocorridas na minha vida pessoal, acadêmica e profissional, implicando que o caminho da escola por mim descrito quando iniciou o PEAD, não seja mais o mesmo.

Esta etapa do PEAD representa, para mim, um grande desafio, pois escolhi estágio com a modalidade de ensino Educação Infantil – Jardim I, que será uma experiência totalmente nova. O estágio será realizado na Escola Municipal de Educação Infantil Menino Jesus de Praga, no Município de Terra de Areia.

28 de novembro de 2009

Reflexões sobre as minhas aprendizagens

Ao findar o Eixo VII em que estudamos as interdisciplinas de Linguagem e Educação; Educação de Jovens e Adultos; Língua Brasileira de Sinais; Didática, Planejamento e Avaliação e Seminário Integrador VII, percebo que todas colocam o aluno como centro de aprendizagem, valorizando o contexto de vida, as múltiplas linguagens o letramento, a alfabetização, o planejamento, fundamentadas em pressupostos teóricos.

Freinet chamou a pedagogia do bom senso do trabalho e do êxito. “O essencial era valorizar a livre expressão dos alunos”. (Revista Nova Escola, Edição 139. Janeiro 2001) Assim Freinet acreditava que a escola formaria cidadãos autônomos e cooperativos.

A partir destas colocações e de outros autores estudadas neste semestre como Comênio “O Pai da Didática” tive a oportunidade de refletir sobre as marcas destas práticas muitas vezes humilhantes. As heranças de Comênio ainda estão presentes no nosso cotidiano escolar, como o respeito “a capacidade de compreensão do aluno”. (Doll, Johannes, ROSA, Russel Terezinha Dutra) A metodologia tem história.

Outro aspecto importante trabalhado neste semestre foi o planejamento, articulado com o Seminário Integrador VII com a Linguagem e Educação e com Didática, Planejamento e Avaliação, quando aprofundamos nossos conhecimentos sobre projetos de aprendizagem que partem da questão norteadora levando em consideração os conhecimentos prévios dos alunos e a participação ativa no desenvolvimento do processo é característica deste método. “Que se configuram como uma situação aberta, desestabilizadora, cujos caminhos e resultados não são pré determinados e nem conhecidos de antemão pelos docentes”. (Iris Elisabeth Tempel Costa e Beatriz Corso Magdalena) Revisitando os projetos de aprendizagem em tempos de Web 2.0.

É um trabalho inovador e desafiador, para alunos e professores a aplicação dos projetos de aprendizagem porque partem dos interesses, das curiosidades e dos questionamentos trazidos pelos alunos cabendo ao professor intervir com reflexões que despertem a autonomia e a busca por informações que agreguem novos conhecimentos ou modificações do que se acreditava como verdadeiramente correto.

Na EJA os conceitos de letramento e alfabetização estudados também em Linguagem e Educação se complementam, sendo que na EJA são abordados aspectos que envolvem práticas pedagógicas de alunos jovens e adultos que buscam ou retomam a escola tardiamente, mas ambas disciplinas apresentam aspectos relacionados a contextualização ao saberes prévios, a leitura do mundo concebida por Paulo Freire para tornar através da educação emancipadora o indivíduo mais crítico e reflexivo para atuar na sociedade.

O professor da EJA necessita preparação especial para trabalhar com esta modalidade de ensino, tendo o cuidado de não infantilizar os conteúdos. O adulto traz consigo uma história longa de experiências e reflexões sobre o mundo. “O adulto está inserido no mundo do trabalho e das relações interpessoais de um modo diferente da criança e do adolescente” Marta Koll de Oliveira.

A reflexão sobre o planejamento como uma ação pedagógica embasada em referenciais teóricos possibilitaram reconhecer que as produções ao longo de minha carreira estiveram direcionadas para determinados autores, embora não identificava esses fundamentos porque não possuía os conhecimentos suficientes para argumentar a escolha de determinadas atividades ao elaborar meus planos de aula, o que contemplou durante este semestre com a análise dos textos que abordaram a prática de leitura, escrita e oralidade na educação.

A interdisciplina de Libras nos colocou em contato direto com a Língua Brasileira de Sinais. Na aula presencial com a professora Caroline e ao longo do semestre conheci aspectos importantes sobre a história dos surdos a cultura e a comunidade surda, as dificuldades enfrentadas como mostraram os vídeos “Seu nome é Jonas” e o “Menino Selvagem” assim como as possibilidades de integração na sociedade e interagir através de Libras.

15 de novembro de 2009

Linguagen

A criança desde seu nascimento procura imitar o adulto começa junto deste a emitir os primeiros sons, aprende a falar, andar, brincar e interagir com o que esta a sua volta, sendo assim o adulto influencia nas atitudes e ações tomadas pelas crianças e jovens no seu dia-a-dia, no espaço social, escolar e familiar.

Neste sentido sabemos que não podemos ignorar os diferentes meios de comunicação: TV, internet, materiais de leitura (jornais, revista, livros), filmes, vídeos, ilustrações, aspectos visuais e outros. O uso destas tecnologias permeiam o mundo contribuindo para o enriquecimento do olhar e da imaginação. A escola, por sua vez esta imersa neste contexto em maior ou menor grau de intensidade de acordo com sua realidade.

Diante disso, cabe ao professor estar atento a este cenário marcado pela diversidade cultural, permitir condições para que o aluno possa encarar as diferentes práticas sociais da leitura e da escrita e principalmente estar aberto as modificações para saber conduzi-las em sua prática cotidiana.

“Refletindo sobre as características da sociedade global, bem como sobre as implicações desse ‘novo’ modo de vida, podemos nos perguntar a respeito do trabalho com oralidade, leitura e escrita na escola em função dos novos discursos que se impõe como ‘desafios contemporâneos’”. (Della Zen; Trindade, 2002: 4)

Obs.: Reformulação da postagem feita em 24 de outubro de 2009, conforme os questionamentos da Tutora Rosângela.

3 de novembro de 2009

Reflexões sobre EJA

No decorrer deste semestre na interdisciplina da EJA entendi que a prática pedagógica deve partir de situações concretas, dos anseios, dos interesses que busca na escola não somente adquirir conhecimentos escolarizados, mas também para compreender o mundo que o cerca. Por isso os conteúdos precisam estar inseridos em seu contexto de vida.

O papel do professor não é impor a visão que tem de mundo, mas dialogar com os alunos e não para os alunos com aulas discursivas e evasivas, onde o aluno se sente ainda mais deslocado e incapacitado de aprender.

Compreendi ainda que o planejamento é um processo que se encaminha a partir dos conhecimentos que o aluno já possui para o crescimento e a transformação do saber mais sistematizado e organizado.

No texto de Marta Kohl de Oliveira: Jovens e adultos como sujeitos de conhecimentos e aprendizagem, p. 62: “Muitas vezes a linguagem escolar mostrou ser o maior obstáculo à aprendizagem do que o próprio conteúdo”. “O modo de se fazer as coisas na escola é específico da própria escola e aprendido em seu interior. (p. 62)

Na escola há o emprego particular da linguagem: as ordens, os enunciados das atividades e as instruções para serem seguidas não são compreendidas porque não fazem parte do seu uso cotidiano dos educandos.

Para vincular e conectar os conteúdos das aulas da EJA com a realidade é importante oportunizar aos alunos, trazer para a escola as informações produzidas por inúmeras fontes no dia a dia como subsidio para trabalhar com temas geradores, para enriquecer e integrar os conhecimentos prévios e o teórico aprofundamento na escola, conforme Paulo Freire em seu livro: Pedagogia do Oprimido.

No ensino da EJA os professores e alunos devem refletir sobre as relações que existem entre a teoria e o contexto de vida, se realmente esta ajudando a compreender a sociedade na qual vivem.

31 de outubro de 2009

Projetos de Aprendizagem

A metodologia de trabalhar através do PA evidencia claramente que o ponto de partida é a pergunta de acordo com o interesse do aluno, do grupo. Dá abertura ao diálogo, a curiosidade, ao questionamento, levando a interações e o envolvimento não apenas dos alunos, professores, vai além, abrange a família, a escola, a comunidade, rompendo com a postura da escola tradicional e de proposta de trabalhos prontas. Esta postura tradicional esta associada à própria formação do professor, contudo, atualmente vemos a necessidade de superar esta situação pela coragem de mudar, e pelo trabalho coletivo.

Se referindo a postura tradicional onde o professor é pressionado a cumprir a lista de conteúdos, do programa, do que o aluno precisa para série seguinte, dos pais (por exemplo, nas séries iniciais é comum a reclamação dos pais se os filhos não aparecem em casa com lições em seus cadernos) preparar para o vestibular...Recaindo sobre a reprodução de conteúdos previstos e de metodologias resumidas a aula expositiva, onde predomina a fala do professor.

Neste contexto reprodutor não há efetiva interação e envolvimento do aluno da construção significativa de sua aprendizagem.

Então, na metodologia que trabalha com PA’s o professor realiza um trabalho voltado para os interesses de seus alunos, acredita em suas potencialidades, e estes por sua vez têm possibilidades de participar ativamente da construção e desenvolvimento, podem intervir em situações reais, ajuda tomar consciência do que esta acontecendo com ele, passando a produzir o conhecimento pela interação com a realidade a exercer sua iniciativa, criatividade, reflexão e tomar consciência do valor de suas decisões na construção de sua autonomia.

Libras

Através da interdisciplina de Libras estou tendo a possibilidade de conhecer sobre uma realidade – Cultura Surda. Por não fazer parte do meu cotidiano, tinha sim, curiosidades sobre o tema, porém não havia tido oportunidade de refletir e conhecer como a aconteceu na aula presencial com a professora Caroline Carmelato Sperb, onde destacou aspectos importantes sobre os estudos de Libras. Referindo-se “quem são os surdos”, que são pessoas que compreendem, interagem com o meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso de Libras. (Decreto 5.626/05)

Diante disso vimos que a linguagem de sinais é vista como uma língua plena, complexa capaz de expressar tanto quanto qualquer língua falada, sendo uma das principais características que define o pertencimento a uma comunidade surda.

Então, com base nas leituras, filmes e nos estudos esta interdisciplina percebo o quando o tema é interessante, precisa ser conhecido e compreendido, pois a comunicação ocorre através de expressões faciais, corporais, sinais, gestos.

Importante ainda destacar que o uso das tecnologias pode facilitar a comunicação entre os membros das comunidades surdas. Logo, as pessoas surdas podem fazer tudo, exceto ouvir, sendo apenas um desvio.

Didática

O planejamento do ensino sofreu modificações substanciais em sua organização e função. Conhecemos as listagens de conteúdos elaboradas no plano de curso para uma série durante um ano letivo, o plano de unidade em que se dividia em partes geralmente bimestres e o plano de aula onde o professor traçava a sua aula de acordo com seu entendimento e sua vontade.

Surgiram outras propostas de organização destes conteúdos em torno de um assunto: centro de interesses, projetos, eixos temáticos, temas geradores são propostas que são baseadas em concepções globalizadoras e interdisciplinares.

Desta forma aumenta a participação e a decisão do aluno na escola, bem como na sociedade quando a organização dos conteúdos abre espaço para ouvir o aluno, suas curiosidades, seus interesses, levando em consideração seus conhecimentos prévios, seus níveis de conhecimento, seus ritmos, o trabalho com conteúdos culturais relevantes e a integração de conteúdos que são objetos de atenção em diversas áreas do conhecimento.

Quando trabalhamos em sala de aula com disciplinas justa postas não há muitas vezes nexos entre elas, também o limite no horário previsto e a disciplina mudando dejavascript:void(0) foco, de atenção, o que aumenta as dificuldades de aprendizagem de dar continuidade a um trabalho iniciado e a fragmentação do saber.

LINGUAGEM E EDUCAÇÃO

Ao refletir sobre os conceitos de alfabetização e letramento presentes no texto “Modelos de letramentos e as práticas de alfabetização na escola” Kleiman aprendi que a aprendizagem da leitura e da escrita dependem de dois aspectos distintos, porém indissociáveis e que precisam ser trabalhados conjuntamente: a alfabetização e o letramento.

“Situações em que a escrita constitui parte essencial para fazer sentido da situação, tanto em relação a interação entre os participantes, como em relação aos processos e estratégias interpretativas”, Kleiman.

Diante desta afirmativa não podemos desconsiderar as práticas sociais de leitura e escrita. Por exemplo, contar ou ler uma historinha para um criança para que durma faz parte do letramento, pois dá significado a escrita e pode favorecer o desenvolvimento da linguagem oral quando envolvemos a criança com questionamentos para interpretar a narrativa.

Muitas vezes pratiquei com meus familiares estas atividades sem ter conhecimento de que são formas de letramento, desta maneira integra em sua oralidade características da oralidade letrada. Portanto ela pode ser considerada letrada antes mesmo de ser alfabetizada quando ocorre a aquisição do sistema da escrita e da leitura.

Na escola ainda há muita preocupação com a alfabetização e não com o letramento, prática social, as vivências do aluno em seu contexto social em que tem contato com diferentes situações de leitura e de oralidade não são devidamente valorizadas. Há destaque do saber e expressar e da escrita formal distanciando a língua escrita e a língua oral eu gera conflitos, pois apresentam funções sociais diferentes e em um contexto que tem uma realidade histórica também diferenciada, o professor precisa diagnosticar os conhecimentos prévios que seus alunos possuem sobre o mundo letrado em que está inserido. Neste sentido a escola deve possibilitar a iniciação e formação de leitores e ouvintes, das múltiplas linguagens e de diversidade de gêneros textuais para ampliar seu mundo letrado.

24 de outubro de 2009

Linguagem

A criança desde seu nascimento procura imitar o adulto, começa junto deste emitir os primeiros sons, aprende a falar, andar, brincar e interagir com o que esta a sua volta.

Os adultos influenciam nas atitudes e ações tomadas pelas crianças e jovens no seu dia a dia, seja no espaço familiar, escolar e social.

Neste sentido sabemos que não podemos ignorar os diferentes meios de comunicação: TV, internet, materiais de leitura (jornais, revista, livros), filmes, vídeos, ilustrações, aspectos visuais e outros. O uso destas tecnologias criadas pelo próprio homem, pela imagem, palavras permeiam o mundo contribuindo para o enriquecimento do olhar e da imaginação.

A escola, por sua vez esta imersa neste contexto em maior ou menor grau de intensidade de acordo com sua realidade.

No texto “A leitura a escrita e a oralidade, como artefatos culturais” de Della Zen; Trindade, 2002 “...ainda gostaria de salientar a pertinência de discussões mais amplas a respeito dos discursos, planejamento, avaliação e seus desdobramentos no contexto escolar enquanto reguladores de nossas expectativas em torno da leitura, escrita e oralidade em sala de aula”.

Diante disso cabe ao professor estar atento a este cenário marcado pela diversidade cultural, permitir condições para que o aluno possa encarar as diferentes práticas sociais da leitura e da escrita.

14 de junho de 2009

(Re) Construindo Conceitos Piagetianos


Reorganizar os conceitos esquematicamente fez com que fosse possível perceber a teoria de Piaget de forma mais abrangente visto que os conceitos se interligam e se completam, essa construção por esquemas também reafirmou a necessidade de entender-se a teoria como um todo e não como conceitos isolados, podendo até ser exemplificados e utilizados nas outras interdisciplinas. A percepção da grandiosidade e da complexidade da teoria piagetiana foi outro tópico a ser destacado ao mesmo tempo que nos remete a identificação do indivíduo como um ser singular.